quarta-feira, 14 de setembro de 2011

HISTÓRIA DA CALCINHA - PARTE II


“Nenhuma moça ou mulher em idade de ter filhos deve ter que usar roupas de baixo que pesem mais do que três quilos.”
Cuma? Calcinha de três quilos? Aposto que o cabelo arrepiou, não é garota!? Imagina que me 1870 os fabricantes faziam moda íntima de camurça para o “uso cotidiano”!!! Ainda bem que existia um médico, o Dr. Jaeger, que pregava o uso de roupas mais leves e naturais, feitas de lã natural. Ele dizia que os tecidos naturais podiam prevenir doenças.
Na Inglaterra um comerciante, Lewis Tomalin, fechou a mercearia e resolveu investir na idéia. Patenteou o sistema de marcas do Dr. Jaeger e fundou com seus primos uma confecção de roupas íntimas masculinas e femininas feitas de lã natural e não tingidas.
A marca de Jaeger logo virou sucesso, principalmente entre a classe média. Com a mudança da moda, com saias cada vez mais volumosas, sustentadas por crinolinas e sobreposições de muitas anáguas, os calções femininos foram ganhando cada vez mais importância. Surgiu a moda dos “miolos coloridos”. Roxos, vermelhos e até xadrez viraram hits.
O maior ícone das época era a calçola bufante escarlate de flanela. Era ajustada por botões nas costas e descia até metade da panturrilha. Claro que isso não parece nada atrativo quando a gente compara com as delícias leves e divertidas da coleção de renda da Samba Calcinha, mas imagina que alívio e que comforto isso não era depois de se livrar de uma calcinha de três quilos. Espertas as garotas também eram na época. Ficavam lindas embaixo das anáguas branquíssimas e engomadas.

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