sexta-feira, 28 de junho de 2013

VONTADE DE COMER TIJOLO

Toda gestante tem direito ao desejo atendido!
(Mas cuidado com as gulodices...)
- Você quer que meu filho tenha cara de tijolo? Eu preciso comer tijolo!

Um misto de lenda urbana com piada: todo mundo já ouviu aquela história de uma tia ou avó que, durante a gravidez, teve vontade de comer tijolo. Embora seja um assunto que muitos tratem com ironia e chamem de frescura, a ciência possui explicações para que vontades esquisitas ocorram durante a gestação.


Durante a vida, o organismo aprende a identificar os alimentos de acordo com os nutrientes que eles fornecem. O cérebro registra, por exemplo, que a ingestão de leite traz cálcio para o organismo. Quando o corpo sente necessidade de cálcio, o cérebro ativa uma vontade involuntária de beber leite.

Na verdade, essa função não é exclusiva das grávidas. Todo mundo é capaz de ter essa solicitação do corpo por alimentos determinados pela carência do organismo. O que ocorre nas gestantes, é que durante este período, isso está mais aflorado. No caso do tijolo, bem... dizem que é falta de ferro. (Embora fosse bem mais coerente ter vontade de comer feijão...)

A explosão de hormônios que ocorre na gravidez também altera o paladar das gestantes, fazendo com que refeições favoritas tenham outros sabores e sejam rejeitadas, e vice-versa.


Claro que existe também o fator emocional. Ansiedade, insegurança, carência e vários outros fatores deixam a sensibilidade da mulher à flor da pele e, sabendo que seu desejo pode ser atendido, alguns caprichos podem acontecer. Coisas que a gravidez permite!

O que é realmente necessário prestar atenção é não deixar que estes desejos e gulodices façam ganhar mais quilos que os planejados para a gestação. E também saber que ninguém, absolutamente ninguém, vai nascer com cara de tijolo!

terça-feira, 25 de junho de 2013

OS PRIMEIROS DENTINHOS

Os primeiros a aparecer são os incisivos centrais inferiores
Você pode dar adeus ao sorrisinho banguela do bebê quando uma intensa ‘babação’ e um certo incômodo e mau humor começar a surgir. Não é nada divertido... Cada bebê reage de uma forma, mas a dor e a coceira são comuns a todos eles.

Por volta dos seis meses de idade, surgirão os primeiros dentinhos, geralmente os incisivos centrais inferiores. Há quem já tenha dentinhos com 3 meses, e até quem já venha ao mundo com algum! O kit completo, de 20 dentinhos de leite, já deve estar inteirinho aos 3 anos de idade.


Além de babar muito, ele vai começar a morder, para aliviar o incômodo. Quando os dentes vão romper, a gengiva fica mais inchadinha. Você pode dar a ele um mordedor (pode até deixar o mordedor um pouco na geladeira pra aliviar ainda mais) e também massagear as gengivas com seu próprio dedo.

As comidinhas mais frias também ajudam, como frutinhas e iogurtes. Analgésicos apenas em último caso, e com a orientação do pediatra! Fique atenta a febres e diarreias: o surgimento dos dentes NÃO causa esses sinais, então ele pode estar com outra coisa.

Aproveite para tirar muitas e muitas fotos, porque o processo é bem mais rápido que você pode imaginar. Pouco a pouco as gengivas vão se cobrindo de dentes, até que seu bebezinho vire um nenezão com um sorriso largo e cheio de dentes de leite.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

GRAVIDEZ NO INVERNO, COMO LIDAR?


Exatamente hoje, começa mais um longo inverno. Para quem gosta dos dias frios, um prato cheio, mas um terror para quem gosta de sol, calor e pouca roupa.

Existem prós e contras em passar a gestação no inverno. Entre as vantagens:

• A gestação no inverno geralmente culmina no parto na primavera, época considerada a melhor.
• Menos calor, mais conforto para a gestante, com menos inchaço, menos suor e menos oleosidade na pele.
• No inverno, meias elásticas que previnem varizes são menos desconfortáveis.
• O friozinho favorece um sono melhor!

Mas claro que também há as desvantagens. Quais são os cuidados que uma gestante deve tomar na estação mais fria do ano?

Água morna no banho
Claro que os dias frios pedem um banho mais quentinho. E há quem goste daquela água pelando. Essa dica não vai apenas para as gestantes: a água quente demais retira a gordura natural da pele, que a protege. O mesmo vale para os cabelos. O ideal é uma água morninha, e sabe qual é a dica? Aqueça o banheiro antes do banho, assim a temperatura da água não precisará ficar tão elevada!

Menos sal
A pressão arterial também se eleva no frio. Por isso, menos sal na comida!


Agasalho sempre
As gestantes possuem uma temperatura corporal mais alta que a maioria das pessoas, por isso é muito importante sair bem agasalhada para evitar choques térmicos.

Cuidado com a depressão
Pode parecer um mero detalhe, mas a ausência de dias ensolarados somados com a alteração do estado emocional da gestante pode desencadear em crises depressivas. Dê atenção caso haja sintomas insistentes como ansiedade demasiada, ausência ou fome em excesso, tristeza e cansaço profundo, falta de concentração e falta de entusiasmo.

Não se aninhe demais!
É batata: friozinho pede aconchego, conforto e aquele ociozinho que de vez em quando não faz mal à ninguém. E, geralmente, vem acompanhado de gordices e guloseimas... Portanto, nada de exageros e movimente-se, a fim de não ganhar quilos além do programado.

terça-feira, 18 de junho de 2013

HYPNOBIRTHING



Dar à luz com calma, sem medicação e sem dor? Para os praticantes do HypnoBirthing, isso não é só possível, como deveria ser normal. Muito difundido nos Estados Unidos e na Inglaterra, o método é pouquíssimo conhecido no Brasil, onde as cesarianas atingem cerca de 80% dos partos na rede privada. 


O HypnoBirthing utiliza técnicas e exercícios de hipnose para o alcance de um parto tranquilo, sem medo e livre da ansiedade e da tensão. E para quem acha que "hipnose é feitiço", pode relaxar. Aliás, relaxar é a palavra de ordem e toda a atividade é completamente consciente.

Quando uma mulher entra em trabalho de parto, a mente enxerga o ato como algo ameaçador, causando tensão e rigidez corporal, e consequentemente, a dor. 

As técnicas aprendidas servem para liberar endorfinas no organismo e ajudam a bloquear, ou pelo menos diminuir a dor. Exercícios de concentração afastam pensamentos ruins e medos em relação ao parto. 

O método está chegando ao Brasil pelas mãos de nossa parceira, Lúcia Desideri Junqueira, fisioterapeuta e doula. Para quem quiser conhecer um pouco mais a respeito da técnica, acesse o blog e a fanpage, e também o site oficial (em inglês).

Clique para ampliar!
Nos dias 27 e 28 de julho, haverá um curso para gestantes e acompanhantes, e no dia 30 do mesmo mês, outro direcionado aos profissionais da área (enfermeiras, doulas, obstetrizes, parteiras, médicos). Mais informações, clique no flyer ao lado.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

ADELE ENERSEN

'O que meu bebê sonha', série fotográfica de Adele Enersen
Bem humorada, Adele Enersen se define como alguém que ainda não sabe o que vai ser quando crescer, mas está adorando o processo. Com 30 e poucos anos, duas crianças (Mila e Vincent) e o marido Lasse, compositor musical de cinema, ela vive em no sul de Hensinque, na Finlândia.

Uma mulher multitarefa, ela se declara autora, ilustradora, designer, fotógrafa, blogger e... mãe. E foi utilizando seus filhos como modelos, ela criou fotografias muito fofas, que exalam criatividade e mostram um mundo mágico e lúdico feito com pequenos objetos do cotidiano e muita imaginação. 


Você certamente já deve ter visto alguma imagem dela pela internet e muitos papais e mamães fizeram suas próprias fotos durante o sono de seus bebês. E é este clima que dá nome à série, "O que o meu bebê sonha", transformado em livro e facilmente encontrado.





















terça-feira, 11 de junho de 2013

ESSA TAL DE CAFEÍNA

Nem precisamos de muitas estatísticas para afirmar, com toda a certeza, que a cafeína é uma das substâncias mais consumidas no mundo. É só pensar que, além do cafezinho do dia a dia, ela está presente nos refrigerantes de cola, nos chás mate, preto e verde, nos chocolates. Só isso já prova o quanto é difícil ficar longe dela.

Estudos e pesquisas científicas dizem que o consumo muito elevado de cafeína pode frear o desenvolvimento do bebê, aumentar as chances do bebê nascer antes do tempo ou mesmo de um eventual aborto. Segundo esses especialistas, a substância é capaz de atravessar a placenta e influenciar no desenvolvimento das células fetais, fazendo com que o bebê nasça com anormalidades.

Porém, como foi dito no começo do parágrafo, é preciso uma dose MUITO grande de cafeína para essas complicações, e ninguém precisa simplesmente largar o cafezinho com leite de manhã, o chazinho da tarde ou o quadradinho de chocolate pra matar a vontade.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a ingestão máxima de 300 mg de cafeína por dia, o que não é pouco. Isso equivaleria a aproximadamente 3 cafezinhos, ou  um bule de chá, 7 latas de refrigerante de cola ou uma barra de chocolate de 400 g.

Mas não é legal abusar: afinal, as grávidas carregam uma pessoinha dentro delas e tudo que for consumido, mesmo que pouco, indiretamente afeta seu desenvolvimento, e o melhor é evitar o seu consumo. O correto mesmo é conversar com o médico para saber qual é a dose correta do consumo desses alimentos durante a gestação.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

TESTE DO PEZINHO

Nunca deixe de fazer o teste!
Ele nem vai sentir nada e doenças
assintomáticas podem ser detectadas
Ontem foi 6 de junho, considerado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. Tecnicamente chamado de Triagem Neonatal, o procedimento é muito simples: uma picadinha indolor no calcanhar do bebê, que recolhe gotinhas de sangue num papel filtro.

Este ato simples, que acontece a partir do terceiro dia de vida do bebê, pode detectar doenças que afetam o desenvolvimento da criança. É recomendado também que seja feito durante o primeiro mês de vida. 


O exame é obrigatoriamente oferecido pela rede pública de saúde, que é capaz de detectar 4 doenças: fenilcetonúria, anemia falciforme, fibrose cística e hipotireoidismo congênito. 

A quantidade de doenças detectadas nos testes oferecidos gratuitamente pelo sistema público pode varia de Estado para Estado. Outras versões mais amplas, feitas por laboratórios e hospitais particulares, capazes de identificar mais de 30 doenças, são pagas.

Quando ocorre alguma detecção, os pais são chamados para uma nova coleta e assim confirmar a suspeita de diagnóstico. 
A realização desse exame é de extrema importância, porque grande parte das doenças que podem ser identificadas são assintomáticas. Dessa forma, é possível iniciar um tratamento muito mais eficaz, e em casos mais graves, pode até salvar sua vida.

terça-feira, 4 de junho de 2013

FRÉDÉRICK LEBOYER, O PAI DA SHANTALA

A gente já falou sobre a shantala aqui neste post. Para quem não sabe, trata-se de um costume milenar indiano, de massagear o bebê, com movimentos repetitivos e pequenos alongamentos, onde a musculatura e as articulações dos bebês são estimuladas e fortalecidas. Emocionalmente, é melhor ainda, pois estabelece um contato de intimidade e conhecimento entre mãe e bebê, que aprofunda o vínculo afetivo.

Filme original da Shantala, feito por Leboyer

A shantala foi
descoberta pelo Ocidente apenas em 1976, por meio do obstetra francês Frédérick Leboyer.  Em uma viagem pela Índia, Leboyer deparou-se, alheia ao caos das ruas de Calcutá, uma mulher massageando seu bebê na calçada. Os movimentos, cheios de carinho, beleza e harmonia chamaram muita atenção do médico francês, que então pediu permissão para fotografá-la e filmá-la.
Esta jovem mãe se chamava Shantala, e foi assim batizada esta técnica que, de tão corriqueira na Índia, nem nome tinha. Essa experiência, transformada em fotos, filmes e um livro, trouxe para o Ocidente uma nova forma de enxergar a relação entre pais e seus bebês.


Um médico visionário que revolucionou a obstetrícia

Mesmo antes da shantala, Leboyer já era visionário. Formado pela Universidade de Paris, ele difundia o ideal da importância da hora do nascimento para o bebê. Com a ideia de Nascer sem violência, ele trouxe conceitos até então inéditos para o parto.

Para ele, não fazia sentido ser violentamente retirado do ventre da mãe, exposto à um farol de luz de ponta cabeça e receber um tapa para chorar. O choque do nascimento deveria ser o menor possível: luzes baixas, primeiro banho na temperatura da placenta, o toque direto com a mãe após o parto. E, com estes ideais, revolucionou a obstetrícia. 


Leboyer vive hoje tranquilamente em Paris, aos 95 anos de idade. Atualmente está aposentado, mas ainda concede entrevistas e participa de eventos.