terça-feira, 4 de junho de 2013

FRÉDÉRICK LEBOYER, O PAI DA SHANTALA

A gente já falou sobre a shantala aqui neste post. Para quem não sabe, trata-se de um costume milenar indiano, de massagear o bebê, com movimentos repetitivos e pequenos alongamentos, onde a musculatura e as articulações dos bebês são estimuladas e fortalecidas. Emocionalmente, é melhor ainda, pois estabelece um contato de intimidade e conhecimento entre mãe e bebê, que aprofunda o vínculo afetivo.

Filme original da Shantala, feito por Leboyer

A shantala foi
descoberta pelo Ocidente apenas em 1976, por meio do obstetra francês Frédérick Leboyer.  Em uma viagem pela Índia, Leboyer deparou-se, alheia ao caos das ruas de Calcutá, uma mulher massageando seu bebê na calçada. Os movimentos, cheios de carinho, beleza e harmonia chamaram muita atenção do médico francês, que então pediu permissão para fotografá-la e filmá-la.
Esta jovem mãe se chamava Shantala, e foi assim batizada esta técnica que, de tão corriqueira na Índia, nem nome tinha. Essa experiência, transformada em fotos, filmes e um livro, trouxe para o Ocidente uma nova forma de enxergar a relação entre pais e seus bebês.


Um médico visionário que revolucionou a obstetrícia

Mesmo antes da shantala, Leboyer já era visionário. Formado pela Universidade de Paris, ele difundia o ideal da importância da hora do nascimento para o bebê. Com a ideia de Nascer sem violência, ele trouxe conceitos até então inéditos para o parto.

Para ele, não fazia sentido ser violentamente retirado do ventre da mãe, exposto à um farol de luz de ponta cabeça e receber um tapa para chorar. O choque do nascimento deveria ser o menor possível: luzes baixas, primeiro banho na temperatura da placenta, o toque direto com a mãe após o parto. E, com estes ideais, revolucionou a obstetrícia. 


Leboyer vive hoje tranquilamente em Paris, aos 95 anos de idade. Atualmente está aposentado, mas ainda concede entrevistas e participa de eventos. 


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