CESARIANA E A CULTURA DO MEDO

Já sabemos que em nosso país, o número de cesarianas é absurdamente alto em relação ao resto do mundo. Mesmo desejando o parto normal, muitas mulheres acabam, mais tarde, parindo por vias cirúrgicas. Por que isso ocorre?

Existem muitos fatores ao longo da gravidez que influenciam a decisão da mamãe, e muita desinformação. A dor e o sofrimento do parto já está enraizada em nossa cultura. Ouvimos histórias de mulheres mais velhas a respeito do desconforto do parto natural e até mesmo na Bíblia, onde Eva é assolada com o castigo de parir com dor, logo após a expulsão do notório casal do Paraíso.

E há médicos - não todos, claro - que acabam por orientar a gestante para a cirurgia desnecessariamente, uma vez que para eles é muito mais fácil agendar o procedimento ao invés de acompanhar hora a hora o trabalho de parto. Sem mencionar o terror que muitas passam nas mãos de obstetras com alegações do tipo Esse bebê está grande demais ou ainda Você não tem abertura suficiente na região pélvica.

A frieza com que são tratadas dentro de centros cirúrgicos gera medo. Dessa maneira, estresse e ansiedade se tornam os sentimentos associados ao parto, e é por essa razão que a dor é muito mais latente. Por fim, mesmo aquelas que primeiramente optariam por um parto normal ou humanizado, acabam por sucumbir à cesariana.

Em países como Holanda e Dinamarca, por exemplo, a cultura do parto natural é de longe a mais difundida. O nascimento do bebê nesses países é visto como um momento especial e caloroso. A participação do cônjuge ou alguém de confiança da mulher é determinante no que tange a serenidade com que a criança sera recebida. Existem inúmeros cursos e produtos voltados para este mercado, o que proporciona um ambiente acolhedor e pacífico para a vinda do bebê. A pratica da Yoga voltada para a gestante é um exemplo das inúmeras opções.

Um bom obstetra deve informar a mulher sobre a possibilidade de amenizar as dores do parto. Muitas são as alterações durante o período de gestação. Quando a mulher se prepara para receber a criança, seu corpo produz diferentes tipos de hormônios capazes de aumentar a abertura da pelves, minimizar a dor e até mesmo de causar prazer durante o nascimento. A recuperação da mãe que dá a luz em um parto normal também é extremamente mais rápida e menos dolorosa do que a que se submete a uma cirurgia. Os benefícios são diversos se encararmos este momento como algo natural e sereno.

PRIMEIRA DAMA DA CANÇÃO

Cry me a river! A maior cantora do século XX, Ella Jane Fitzgerald comemoraria hoje 97 anos se estivesse viva.

Nascida no estado da Virginia, Ella vivenciou, ainda pequena, a separação dos pais e se mudou com a mãe para Nova Iorque. A morte da mãe, em 1932, fez com que sua vida virasse de cabeça para baixo. Abandou os estudos, viveu nas ruas, trabalhou para máfia e teve problemas com a polícia até ser internada em um reformatório, do qual fugiu.

Tinha o sonho de ser dançarina, mas foi na música que encontrou seu brilho maior. Aos 17 anos estreou no teatro Apollo, no Harlem, e chegou a vencer um concurso de novos cantores. Passou a ser parte integrante da Big Band de Tiny Bradshaw e ganhou notoriedade do público com a música infantil A-Tisket A-Tasket, na qual foi co-autora.

Com o declínio da era das Big Bands, Ella incluiu o scat em seu repertório, vocalizando palavras sem sentindo e na era do bebop era a Senhora do Jazz. Não era só uma cantora, soava como um instrumento musical solista, talento visto principalmente em suas canções How high the moon e Lady be good.

Sua voz abrangia três oitavas e era de uma pureza e clareza descomunal. Não é à toa que Ella recebeu 14 Grammies e chegou a ganhar a Medalha Nacional das Artes pelas mãos do então presidente Ronald Reagan.

Além dos mais de 250 discos, ainda gravou alguns filmes, participou de diversos programas para a televisão, foi defensora dos direitos dos negros, casou-se duas vezes e há boatos de um terceiro casamento.

Lady Ella faleceu em 1993, devido à problemas ligados à diabetes, mas é ainda um marco na história da música e deixa saudades.

PARTO ORGÁSMICO

Todas já conhecemos as maravilhas do parto normal ou humanizado. Mas você já ouviu falar em parto orgásmico?

Um documentário norte-americano vem causando furor nos espectadores, por apresentar mamães dando à luz e sentindo um enorme, e talvez o maior prazer de toda sua vida.

Durante o processo de gravidez, devemos tomar certas decisões e uma delas é como se dará o parto do bebê. Também sabemos que uma grande parte das mulheres pelo Brasil acaba optando pela cesariana, uma vez que não gostaria de sentir dor ou desconforto durante este processo.

A frieza da medicina atual e a ganância de alguns profissionais acaba por selar uma cultura de medo e repressão para algo que deveria ser tão familiar, íntimo e natural. O momento do nascimento, mágico e prazeroso acaba por se tornar uma experiência amedrontadora e aparentemente muito dolorosa.

No parto, o nível hormonal naturalmente tende a se modificar para receber a criança. É sabido que o nível de ocitocina, o mesmo hormônio liberado durante o prazer na relação sexual, sobe para extremos inimagináveis. Ao coroar, por exemplo, a cabeça da criança acaba por comprimir terminações nervosas na região vaginal ligadas ao prazer.

Segundo Elizabeth Davis, uma das autoras do documentário "Orgasmic Birth" a vivência do nascimento é tão íntima quanto o ato sexual, e deve ser apreciado momento à momento, contração à contração. Quanto mais segura e relaxada a mulher se sentir, maior será o prazer durante o nascimento.

Imaginem então, se excluídos os fatores medo e ansiedade, a beleza total desse momento. Prazer tanto para mamãe como para a criança.

O tema ainda é novo e polêmico. Qual a sua opinião a respeito?

Assista abaixo ao trecho da entrevista com Elizabeth Davis:

DE DENTRO

Apresentamos Irmina Walczak:

Sabe aquele ensaio da alma?

De dentro, por Irmina Walczak e Sávio Freire, sensibiliza por nos apresentar mulheres reais, vivenciando toda magia da gestação.

A alegria da maternidade, a conexão entre mãe e filhos, a candura das relações vivenciadas, da transformação do corpo e do ser, em um momento tão comum às mulheres e ao mesmo tempo tão particular e único.
E é a partir de sua própria experiência como mãe que Irmina nos presenteia com esse trabalho emocionante!

Conheça o trabalho completo dos artistas em: http://projetodedentro.tumblr.com/

PROMOÇÃO MAMÃE SUSTENTÁVEL & SAMBA CALCINHA

Mulherada, tem promoção pra vocês!

Além de promover uma vida sustentável para mães e filhos, e uma experiência mais humanizada durante e pós gravidez, o blog Samba-Calcinha, em parceria com o Blog Mamãe Sustentável, vai sortear um sutiã e um par de absorventes de seio laváveis!

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DIETA E GRAVIDEZ

Durante a gestação, um dos elementos mais importantes para a saúde da mamãe e o crescimento do bebê é a alimentação. 

Para algumas mulheres os hábitos alimentares não mudam nesse período, todavia é normal que o apetite de algumas cresça e de outras diminua. 

A preocupação em engordar demais pode ser um problema, já que uma dieta emagrecedora nesse período só é indicada caso haja excesso de peso ou a gestante faça parte de um grupo de risco. Mamães que já possuem uma dieta adequada, antes mesmo da gravidez, terão poucos problemas em se adaptarem a essa nova realidade, mas é sempre importante o acompanhamento e orientação de um médico nutricionista para todos os casos e lembrarmos que jamais se deve fazer regime emagrecedor por conta própria, especialmente durante a gravidez.

Uma alimentação à base de proteínas é essencial nos primeiros momentos, quando o feto está na maratona de formação. Para a mamãe vegetariana já discutimos opções que vão além da carne e derivados aqui.

 Outro nutriente importante é o ferro, já que previne anemia e outros problemas tanto para a mãe como para o bebê.

Uma dieta rica em leguminosas também é recomendada, especialmente as ricas em ácido-fólico tais como feijão e grão-de-bico ou ainda espinafre e brócolis. Este nutriente ajuda no desenvolvimento neurológico do feto.

Caso haja grande alteração de apetite um médico deve ser consultado pois nem sempre o aumento da fome está necessariamente associado ao bom crescimento do bebê. Muitas vezes as mamães ficam com certa ansiedade e alterações emocionais e, esses sim são elementos causadores do aumento da fome.

Deve-se evitar tomar refrigerantes, alimentos diet ou light e muita cautela ao fazer refeições fora de casa. A higienização do restaurante é um dos pontos mais importantes para se observar nesses casos.

MEXEU, MEXEU! - PARTE 2

Não leu a primeira parte dessa série? Clique aqui

"Se você não chutar de vez em quando,
elas ficam preocupadas"

Após as primeiras 24 semanas de gestação ocorre o amadurecimento do sistema nervoso do bebezinho que está para chegar. E sabe o que isso significa? Que a barriga da mamãe vai virar aquela festa: mesmo lá dentro, ele já leva a mão ao nariz, à boca, pisca, chuta, engole.

O movimento mais característico e que vai dar o tom do momento é o de espreguiçar. Ele já dá aquela esticada nos braços e nas pernas, e é nessa época que a barriga fica disforme, com calombos. Esses calombinhos geralmente é o calcanhar dele esticando. 

Quando estes momentos chegam, é hora da mamãe se concentrar e ficar atenta aos movimentos dele. Principalmente para a gestação de risco, prestar atenção à atividade dentro do útero é um parâmetro de seu comportamento, e consequentemente, de sua saúde.

O serzinho que está lá dentro é uma pessoa, e como tal, cada um é cada um. Então, há quem se mexe mais, e quem se mexe menos. O que é importante é perceber qual é a regularidade dos movimentos.

Eles também são estimulados diretamente pelos hormônios da mãe. A ação da adrenalina e da endorfina maternas influencia suas ações também. 

A ideia de que ele parece chutar mais à noite é apenas uma impressão. Ele não tem ideia de noite e dia, o que acontece é que na hora de dormir, o silêncio e o relaxamento da mamãe permitem uma percepção maior.

Então, para a mamãe, aproveite esse momento único, e relate ao médico qualquer mudança de comportamento do bebê. 

MEXEU, MEXEU!

O primeiro movimento do bebê é um grande momento da gestação. Estabelece com força o vínculo entre a mãe e o filho, e é como se fosse uma hora em que a gravidez torna-se 'real' de fato. 

Para as futuras mamães que estão na primeira gravidez, a expectativa em torno deste momento é mais ansiosa, afinal, elas nem sabem como isso acontecerá. Não é vergonha alguma confundir este momento com cólicas, gases ou até mesmo fome. Mas logo a intuição materna saberá identificar o pequenino que começa a se movimentar em seu ventre.

Mas só porque você não sentiu, não quer dizer que não aconteceu. Sabia que ele já começa a se mexer na 10ª semana? Só que como ele ainda está no tamanho de um feijãozinho, envolto em líquido amniótico, e ainda não possui bracinhos e pernas, a mamãe ainda não sente.

Para a maioria das gestantes, os primeiros movimentos chegam lá pela 18ª semana, quando ele já tem cerca de meio quilo e um palmo de comprimento. As primeiras sensações são leves, de algo que passa de um lado para o outro por dentro da barriga. Esse movimento é causado mais pelo deslocamento do líquido amniótico que necessariamente pelo bebê. 

O famoso chute (que também pode ser um soco ou uma cabeçada), só começa a vir lá pela 24ª semana de gestação. Daí então, o show começa. O sistema nervoso do bebê já começa a ficar amadurecido e ele vai começar a espreguiçar! Mas isso vamos falar num próximo post! ;-)