sexta-feira, 30 de maio de 2014

INDEPENDÊNCIA NA HORA DO SONO

Toda criança tem necessidades diferentes quando o assunto é dormir, mas existem algumas maneiras de fazer com que ela entre em uma rotina.

Os recém-nascidos geralmente dormem em torno de 10 a 18 horas por dia. Nos primeiros meses é normal que o sono da criança dure de 5 a 6 horas, o que é um bom tempo para que você também possa relaxar ou terminar as tarefas do dia a dia. É completamente natural que a criança nessa fase durma muito, e acorde eventualmente para mamar ou para a troca de fralda.

A partir do 3º mês de vida, o seu bebê começa a produzir melatonina, hormônio que faz com que o sono comece a entrar em um ritmo regular.

Dos 4 meses ao primeiro ano a tendência é dormir de 9 a 12 horas todas as noites, com eventuais sonecas ao longo do dia. E é exatamente nesse período que a mamãe deve ficar atenta à rotina do seu filho, de forma a evitar padrões de comportamento que podem se tornar difíceis de se modificar no futuro. 

A ideia é permitir que a criança aprenda sozinha a pegar no sono e não depender do leite para dormir, ou qualquer outra forma de atenção. 

Nos primeiros meses a rotina do come-e-dorme é aceitável, mas depois do 6º mês isso pode se tornar um ciclo vicioso para a criança. Entre a mamada e a soneca, cante uma cantiga, brinque com o bebê, aproveite para trocar a fralda - dessa forma a criança não irá associar o leite ao sono.

Algo muito comum nos dias de hoje, são as sonecas nas viagens de carro. Você sabia que, ao contrário do que muitos imaginam, a qualidade desse sono é muito ruim? Não há problema se isso acontecer de vez em quando, mas caso se torne uma rotina as coisas ficam complicadas à noite. 

O melhor a se fazer, nesses casos, é contratar uma babá ou pedir para que alguém de sua confiança fique com o bebê enquanto você cumpre com as obrigações. Se houver a possibilidade de diminuir o ritmo de trabalho ou reagendar compromissos, melhor ainda!

Na semana que vem continuamos com o assunto :-)


terça-feira, 27 de maio de 2014

DOR OU SOSSEGO?



Sua avó deve se lembrar do tempo em que as crianças nasciam no conforto do lar. Havia sempre um ambiente agradável, com poucas luzes, silêncio e serenidade. O acompanhamento de familiares e pessoas em que a gestante podia confiar.

Com o advento da medicina atual, o processo se transformou. O corre-corre dos funcionários do hospital, as luzes fortes, a abordagem fria dos médicos - são horas intermináveis sem a possibilidade de relaxar.

Não é atoa que grande parte das mulheres escolhe a cesariana ou o parto normal com intervenção anestésica. O receio da dor se tornou maior do que a preocupação com parto. 

No instante em que o corpo está preparado para a expulsão do bebê, ocorre a produção de adrenalina no sentido de auxiliar o processo. A adrenalina é o hormônio que normalmente liberamos em situações de medo e tensão. O problema é quando a mãe produz esse hormônio antes da hora, o que eleva o tempo de trabalho de parto e aumenta a dor. 

Quando nos voltamos para as antigas tradições, percebemos o quanto faziam sentido. Em um ambiente aconchegante e tranquilo, o corpo da futura mamãe libera mais endorfina . Esse hormônio funciona como analgésico natural e ameniza a sensação de dor, além de ser um facilitador para a mulher no momento do nascimento do bebê.

Se você não se sente segura fora dos hospitais, algumas maternidades têm a opção do labor delivery room, ou LDR. Nesses casos a mulher pode permanecer no mesmo quarto durante todo o andamento do nascimento e pós-parto. Na hora de escolher a maternidade ou local para o nascimento, opte pelo mais pacífico e acolhedor. Dessa forma as chances de um parto sem dor e totalmente natural aumentam! 




sexta-feira, 23 de maio de 2014

RH NEGATIVO

Você conhece o fator Rh?




Em nosso sangue existem diversos componentes, e um deles é o fator Rh. O Rh é uma proteína que pode ou não estar presente no sangue. Quando apresentamos tal proteína, nomeamos o Rh positivo e, do contrário, Rh negativo.

Nos casos em que uma mulher com Rh negativo engravida de um parceiro com Rh positivo, existe 50% de chance de haver incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o bebê. Essa condição pode gerar complicações, uma vez que o organismo da mulher entende que o feto, com Rh positivo, é intruso em seu organismo e seu corpo começa a produzir anti-corpos a fim de destruir a proteína. 

Esses mesmos anti-corpos vão tentar eliminar os glóbulos vermelhos do bebê, que por sua vez pode desenvolver anemia, surdez ou deficiência mental. No caso de um segundo bebê com o mesmo quadro, os riscos aumentam e esses agentes podem ser fatais para o feto.

Mamães com Rh negativo devem ter um cuidado redobrado, e o acompanhamento médico é fundamental. Existem diversas medidas a serem tomadas, e a primeira delas é o teste de Coombs onde o médico irá antever se a mãe apresenta os anti-corpos contra o fator Rh positivo. Esse teste é recomendado no primeiro e último trimestres de gravidez.

Se não houver a presença dos anti-corpos, o médico deve recomendar uma vacina preventiva que inibe a produção dos mesmos, assim evitando problemas na hora do parto.

Graças aos avanços da medicina atual, esses riscos são totalmente controlados, entretanto é importante fazer exames de sangue com a finalidade de conhecer o seu Rh e o de seu parceiro. Dessa forma você previne quaisquer transtornos subsequentes.











terça-feira, 20 de maio de 2014

POR QUE ELES CHORAM?


A aflição por ainda não entender ao certo o motivo por trás do choro, pode gerar um certo desconforto ou até mesmo exaustão para os pais.

No primeiro ano de vida, o choro é a única maneira que o bebê encontra para se comunicar com os adultos. Seja porque estão com a fralda suja, fome, cólicas ou simplesmente entediados, eles vão abrir o berreiro para chamar sua atenção. 

Durante os três primeiros meses, o choro dura em torno de 3 horas por dia, e após esse período essa intensidade começa a diminuir. Logo nas primeiras semanas muitos pais já começam a decodificar as razões do choro, mas não são todos - nada de culpa, caso essa última for a sua situação.

Durante as cólicas, por exemplo, é normal que a criança tome uma coloração avermelhada, estique e contraia as perninhas e fique muito agitada. Massagens nas costas e na barriguinha do bebê podem ajudar. Outros tipos de choros são bem mais difíceis de serem reconhecidos, e nesses casos é sempre importante checar todas as possibilidades.

Aprender a manter a tranquilidade e observar com cuidado a criança auxiliam. Muitas vezes o choro não tem motivo físico. O bebê, às vezes, deseja apenas a sua atenção, que pode ser resolvido tanto com o colo ou com uma cantiga de ninar. Ouvir a voz da mãe ainda é um santo remédio para acalmar qualquer bebê chorão.

Acima de todo esse aprendizado em comunicar-se com seu filho, é muito importante manter o equilíbrio emocional e o entusiasmo. Por isso, quando a exaustão e a sensação de incapacidade chegarem, lembre-se sempre que:
- os primeiros 3 meses são os mais difíceis, e a tendência é sempre ficar mais fácil;
- é importante que a mamãe saiba aceitar a ajuda de terceiros e possa encontrar um tempo, mesmo que mínimo, para descansar e cuidar de si.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

A REAL BELEZA DA MATERNIDADE

Ashlee Wells Jackson
Você já deve ter ouvido falar de Ashlee Wells Jackson. Ela é a fotógrafa responsável pelo projeto 4th Trimester Bodies, que demonstra a real beleza da maternidade.
Ela se especializou na arte de pin-ups, e sempre teve que lidar com a insegurança de suas modelos, que nunca se sentiam satisfeitas com a própria aparência.
Foi mãe pela primeira vez aos 23 anos de idade e era uma daquelas mulheres que parecem ter sido tiradas dos livros de maternidade. Saúde perfeita e gestação tranquila.

Tinha o desejo de dar à luz em casa, na banheira, com o acompanhamento de uma parteira. No entanto, sentindo fortes contrações, na 28ª semana, foi levada ao hospital onde nasceu seu primeiro filho, Xavier. Não era exatamente o que Ashlee tinha em mente, mas ao menos, o parto foi natural como ela tanto sonhara.
Foi na segunda gravidez que houve mais complicações. Ashlee esperava por gêmeas com síndrome de transfusão intergemelar, em que uma das crianças vira doadora sanguínea e a outra receptora e, tanto o crescimento quanto a quantidade de líquido amniótico produzido se tornam desiguais entre os fetos. 
Nova foi a primeira filha a nascer, com hidrocefalia, e Aurora infelizmente não sobreviveu.
Ashlee amamenta sua filha, Nova
A partir daí, Ashlee teve a ideia de transformar a vida das pessoas por meio da lente de sua máquina fotográfica. Nasceu então o projeto 4th Trimester Bodies, com o objetivo de exaltar o corpo pós-maternidade, incluindo marcas, cicatrizes e muitas curvas. 
Em um mundo onde o padrão de beleza inatingível da grande mídia está impregnado na cabeça das mulheres, esquecemos que as marcas da gestação deveriam ser celebradas e respeitadas, já que são essas as lembranças daquela que irá criar, alimentar e sustentar seus filhos.
Abaixo algumas fotos desse maravilhoso trabalho:








Conheça o site oficial: www.4thtrimesterbodies.com

terça-feira, 13 de maio de 2014

DICAS PARA SE TER UM PARTO NATURAL (PARTE 2)

Hoje trazemos a segunda parte de dicas para se ter um parto natural. Se você perdeu a primeira parte, ela está disponível em nosso blog aqui.

4. Optar por menos intervenções médicas durante a gravidez

Se você não teve problemas graves de saúde antes da gestação, provavelmente não os terá durante. Faça apenas os exames necessários e obrigatórios. Se o seu médico pedir mais exames, testes ou intervenções médicas, questione quais os benefícios para você e o bebê e se os mesmos são realmente necessários.

5. No início do trabalho de parto, fique em casa

Caminhar, alimentar-se, tomar banho (leia a próxima dica). Assim que suas contrações atingirem um intervalo menor que 5 minutos e a intensidade aumentar em questão de horas, não importando o que você faça para relaxar, siga para o hospital. Caso ainda não tenha dilatação suficiente, você pode retornar para casa.

6. Água é um santo remédio

Pode ser um belo banho de chuveiro ou na banheira. Compressas com panos úmidos e quentes também ajudam. O contato com a água funciona como analgésico natural. 


7. Relaxe!

Pratique exercícios de respiração, movimente-se, deite-se em posição agradável, ouça músicas, peça uma massagem! Qualquer que seja a sua escolha, para que possa se sentir confortável e relaxada.

Tenha também em mente que, por mais simples e tranquila seja a sua gestação, o acompanhamento médico e de uma doula, caso seja sua escolha, é fundamental para o sucesso do parto, e fazer dele um dos momentos mais especiais de sua vida. 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

DIA DAS MÃES


No próximo domingo, comemoramos o dia dela! Aquela que nos concebeu, alimentou, educou e acolheu.

Mais que apenas um dia comercial, essa data é celebrada desde a remota Grécia antiga, onde as festividades e homenagens eram voltadas para a deusa Reia, mãe comum de todos os seres de acordo com a mitologia. 

Os romanos, por sua vez, ofereciam presentes a Cibele, mãe dos deuses, e as festividades duravam 3 dias e se davam no período de 15 à 18 de março.

Durante o início do cristianismo as oferendas eram para a Virgem Maria, mas foi durante o século XVII, nas igrejas da Inglaterra, se deu uma comemoração já mais semelhante à nossa, com a celebração do Domingo das Mães. Filhos entregavam presentes para as mães e aqueles que trabalhavam em locais distantes de sua família, tinham a oportunidade de tirar o dia de folga para visitarem suas mães

Mas a mulher reconhecida como idealizadora do dia das Mães foi Anna Jarvis, metodista e filha da ativista Ann Marie Reeves Jarvis. 

Mãe e filha na Estação Penn,
em Nova Iorque, em 3 de setembro
de 1921 (foto: Ruth Orkin)
Ann Marie, foi uma engajada para com os direitos das crianças e das mães durante a Guerra de Secessão nos Estados Unidos. Dois anos após sua morte, em 1907, Anna criou um memorial para sua mãe e lutou para que o dia das Mães fosse um feriado reconhecido - o que se deu em 8 de maio de 1914. 

Desde então, todo segundo domingo do mês de maio é celebrado o dia das Mães. Nos anos posteriores Anna ficou extremamente desapontada com a comercialização do dia e iniciou diversas manifestações contra tal prática, todavia sem sucesso.

Apesar de ter perdido sua característica primordial, o dia continua sendo para muitos uma data especial para homenagearmos a mãe e a maternidade. Uma celebração à vida.

terça-feira, 6 de maio de 2014

7 DICAS PARA SE TER UM PARTO NATURAL

A mulher que deseja ter um parto natural, seja por se preocupar com os efeitos de intervenções cirúrgicas ou anestésicas para com a saúde da criança e ainda com a própria, muitas vezes não imagina como é atingir tal objetivo.

A chave para o sucesso, nesse caso, é procurar informação!

Um parto vaginal e sem medicação é possível, e também sensato para 85% das gestantes, de acordo com  a Healthy People 2020, organização norte-americana sem fins lucrativos que busca melhorar a qualidade do parto por meio de pesquisa, educação e atuação política. 

Os outros 15% provavelmente possuem complicações que os colocam na categoria de alto-risco, e devem optar pela cirurgia que, nesse caso, pode salvar tanto a vida da mãe como a do bebê.

Para você, que gostaria de optar pelo parto natural, existem dicas básicas para se seguir:

1. O pré-natal
Procure por aulas que incluam como o trabalho de parto e o nascimento ocorrem, e técnicas para se aliviar a dor durante o processo tais como exercícios de respiração, relaxamento, auto-hipnose ou qualquer outro mecanismo que possa ajuda-la. 



Procure saber se a maternidade de sua escolha dispõe destas atividades. Caso contrário, você pode optar por educadores independentes e métodos diferentes até que encontre aquele que mais lhe agrada.

2. Médico especialista no assunto
Suas chances de realmente ter um parto natural estarão diretamente relacionadas com seus cuidadores. Você pode buscar o auxílio de uma doula, ou no caso de estar em uma maternidade, também uma enfermeira obstetriz com experiência em parto natural.

3. Seu peso
O parto tende a ser mais tranquilo para mulheres que não estão acima do peso. Elas têm menos complicações e requerem menos intervenções médicas.

Na próxima semana, continuaremos com o assunto! :-)

sexta-feira, 2 de maio de 2014

SIAPARTO


Hoje, em nosso país, pequenos grupos se organizam visando promover o parto humanizado, tanto no sistema público de saúde como no privado. Mesmo havendo poucos profissionais envolvidos com a causa e uma quantidade alarmante de cesarianas, esse é um assunto que vem ganhando cada vez mais espaço. 

Assim,  no período de 1 a 4 de Maio contamos com o I Simpósio Internacional de Assistência ao Parto: Ciência, cuidado e tecnologia.

Durante os quatro dias, diversos palestrantes de âmbito nacional e internacional dividirão suas experiências a respeito do assunto tanto com profissionais da área, quanto ao público em geral. Serão discutidas novas técnicas, a humanização do parto e do trato do bebê e da mãe, e outros!

Dentre os palestrantes se destacam:

 Elizabeth Davis, norte-americana, co-produtora do filme Orgasmic Birth ou Parto Orgásmico, doula, especialista em saúde da mulher e educadora da área por mais de 30 anos.

Jorge Kuhn, obstetra brasileiro e um dos maiores defensores da humanização do parto e cuidados com a gestante e bebê de nosso país. A visão de Kuhn mudou drasticamente em 2003 quando, retornando da Alemanha, conheceu ativistas do movimento de humanização do parto.

Barbara Harper, enfermeira norte-americana e um dos principais nomes ligados ao parto na água, fundadora do Waterbirth International, publicou diversos livros à respeito do assunto.

O SIAPARTO também conta com oficinas a respeito do tema. 

A lista completa de palestras e oficinas você encontra aqui.

Corra que ainda dá tempo de participar! A Samba estará presente todos os dias apresentando a coleção de roupas para amamentação.