terça-feira, 30 de outubro de 2012

MUITAS FORMAS DE TER SEU BEBÊ



Ter o filho em casa, com a família aguardando na sala, as mulheres da família em volta e com uma parteira da comunidade. Esse cenário que tem sido resgatado pelas defensoras do parto humanizado na verdade era a única opção conhecida há 200 anos atrás. O parto era um momento íntimo, familiar, doméstico. Não era da alçada dos médicos. 

É lógico que os casos de fatalidade (tanto da criança, quanto da mãe) no parto eram muito maiores, e por isso mesmo os médicos começaram a atender em hospitais os casos mais graves. Se formos parar para estudar direitinho vamos descobrir que foi somente há um século que o parto migrou da sala de estar para os hospitais. É o que os especialistas chamam de “doentificação” do parto. Passou a virar caso médico. 

A brincadeira ganhou força na Europa, mas pegou mesmo no Brasil somente na década de 50. Se por um lado as taxas de sobrevivência foram subindo exponencialmente, por outro a praticidade de procedimentos cirurgicos como a cesárea ganharam status de normalidade. 

Você sabia que o Brasil é o segundo país no mundo em números de cesáreas? Algo para se preocupar, principalmente porque os motivos tem pouco a ver com o conforto e a qualidade de vida para a gestante e o bebê. A maioria dos médicos tendem a “forçar” a ideia da cesárea às mães simplesmente porque preferem a praticidade de poder planejar o horário do procedimento em suas agendas. Sem contar que um profissional ganha a mesma coisa para atender uma cesária com hora marcada de 40 minutos, ou para ficar horas varando noite no processo do parto normal. 

Até por isso muitos casais hoje procuram formas alternativas de parto, afinal ter um filho não pode ser tratado como um horário na manicure, que a gente encaixa na agenda entre o dentista e a aula da academia. 

A melhor forma é se informar, conversar com diversos profissionais, pessoas que já tentaram diferentes tipos de partos. Só você poderá decidir se quer ter seu pimpolho com ou sem anestesia, na água, no quarto da sua casa, ou de forma indolor na mesa de cirurgia. Temos o privilégio de poder escolher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário