sexta-feira, 18 de julho de 2014

KLIMT E A ESPERANÇA I

Se ainda hoje muitos setores da sociedade ainda enxergam a gravidez, a maternidade e a amamentação com olhares de recato e pudor, imagine em 1903.

Foi neste ano que Gustav Klimt, um dos maiores artistas plásticos do final do século 19 e começo do século 20, pintou Esperança I, o quadro de uma gestante nua, que você vê ao lado. Ciente do choque que causaria à sociedade austríaca, a pintura levou um certo tempo até ser exposta.

Visionário, polêmico e experimental, Klimt foi precursor do design gráfico e um dos pais da arte na publicidade. Sua arte projetava o futuro com um estilo único, que juntava a contemporaneidade da época com elementos desprezados no Ocidente, como a arte japonesa e egípcia.

Já conhecido tanto pelo teor erótico no retrato de mulheres como pela devassidão em sua vida privada, Klimt muitas vezes era responsável pelo sustento de suas modelos, a grande maioria vinda de famílias pobres de Viena.

Herma, uma destas modelos, repentinamente desapareceu, intrigando o artista. Ao procurá-la, ele descobriu que ela estava grávida. Após muita insistência, Klimt conseguiu retratá-la, eternizando em óleo sobre tela essa imagem, que hoje encontra-se exposta na Galeria Nacional de Ottawa, no Canadá.

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