sexta-feira, 12 de julho de 2013

FRIDA

Poucos artistas conseguem se tornar eternos a ponto de serem fundidos à sua obra. Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón é uma delas. É impossível distanciar a obra realizada por ela de sua própria vida, recheada de percalços e dificuldades.

Natural do México, Frida nasceu em 6 de julho de 1907. Ali, nascia um ícone feminino que soube transformar dores em cores. Suas calças e longas saias estampadas serviam para disfarçar uma sequela no pé direito, consequência de quando teve poliomelite, aos 6 anos de idade.

Aos 18 anos, um grave acidente entre o bonde que viajava e um trem a deixou à beira da morte durante meses. Na ocasião, o para-choques do bonde atravessou sua pélvis e saiu pela sua vagina. A fatalidade a obrigou a conviver com dores no corpo para o resto de sua vida, fez com que usasse coletes ortopédicos por muito tempo e impossibitou-a de ter filhos: Kahlo abortou em todas as suas gravidezes.

Foi durante a recuperação deste acidente que Frida começou a pintar. Ela escreveu, em seu diário, que teve dois grandes acidentes: o bonde e Diego. E Diego, sem dúvidas para ela, foi o pior dos dois.

Diego Rivera, também artista plástico, formou com ela um casal marcado por intensidade extrema, tanto na paixão como no ódio. Ambos eram comunistas, artistas e abertamente adúlteros. Frida era bissexual, mas também manteve casos com outros homens, como o revolucionário russo Leon Trótski.


Mais uma de suas grandes dores veio quando descobriu que Diego mantinha um caso longo com sua irmã Cristina, com quem teve 6 filhos. Frida nunca perdoou sua irmã, mas volta para Rivera em 1940 até o final de sua vida, em 1954, quando foi encontrada morta em sua casa. A causa apontada foi uma embolia pulmonar causada por uma pneumonia, mas muitos historiadores apontam a hipótese de suicídio por overdose de remédios. 

"Pinto a mim mesmo porque sou o assunto que conheço melhor."

Até hoje, a mexicana Frida é referência artística e influência para muitos artistas. Ela conseguiu extravasar e externar todos os seus dissabores por meio de sua personalidade forte, sua figura única e uma obra ímpar, colorida e cheia de flores.

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