Nina Simone, a diva rebelde: do sonho de tornar-se uma pianista clássica nasceu a voz dos direitos civis |
De família humilde, sexta filha de sete crianças, Nina começou a teclar o piano cedo, aos 4 anos de idade, e fazia parte do coral da igreja. Seu pai era pastor metodista. Ao terminar o colégio, ganhou uma bolsa de estudos para a renomada Julliard School of Music, em NY, que ela teve de abandonar por falta de dinheiro.
Mudou-se para a Filadélfia, onde viveu com a família novamente, para juntar dinheiro para estudar. Nesta época, um fato a abalou profundamente: foi rejeitada pelo Curtis Institute of Music in Philadelphia. Desiludida com a música clássica, Nina Simone nasceu quando Eunice completou 20 anos de idade.
Sucesso imediato em 1959, Nina cantou no funeral de Martin Luther King e suas composições eram hinos contra o racismo |
Sua paixão pela música erudita (sobretudo Bach), somada com o gospel da infância e seu interesse pelo jazz, blues e folk formaram uma mistura que logo chamou a atenção e em pouco tempo já gravava discos e tornou-se sucesso nacional em 1959, com I loves you Porgy, clássico de George Gershwin.
Nos anos 60, com a notoriedade, tornou-se porta voz dos direitos civis e combatia o racismo com veemência. Cantou no funeral de Martin Luther King, e a sua canção Mississipi Goddamn, que fala sobre o assassinato de 4 crianças negras em uma igreja em 1963, tornou-se um hino ativista.
Com uma vida de muitos altos e baixos, trabalhou até o fim, em 2003. |
Sua carreira renasceu no fim dos anos 80, quando My baby just cares for me apareceu em um comercial de perfume da Chanel, no Reino Unido. O comercial realavancou a música, que foi parar no Top 10 Britânico, proporcionando à Nina um sopro a mais em sua conturbada carreira.
Sendo obrigada a trabalhar para viver, e dando sinais de uma aparente esquizofrenia que nunca foi diagnosticada, a Diva Rebelde continuou sua carreira até o fim, e em seus últimos anos de vida rumores diziam que estava com câncer de mama, que nunca foi confirmado. Nina morreu dormindo, em sua casa em Carry-le-Rouet, na França, em abril de 2003.
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