terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

GRAVIDEZ ATIVA

Com bom senso e muito cuidado, é possível praticar
atividades físicas durante toda a gravidez.
Sabe aquela história de que a mulher grávida tem de ficar quietinha? Isso já era. Assim como para qualquer pessoa, a atividade física é bastante recomendada durante a gestação. O que deve ser feito é uma adaptação de qual atividade praticar em cada momento da gravidez.

Durante os 9 meses, o organismo do corpo da mãe vai preparando tudo para a hora do parto, e entre as milhares de alterações que ocorrem, está a produção de relaxina, que afrouxa todas as articulações e aumenta a flexibilidade, para que o bebê nasça com mais facilidade. Ou seja, todas as articulações do corpo ficam mais sensíveis, o que pode acarretar mais lesões.

Por isso, exercícios na água - como hidroginástica e natação - são mais que recomendados, pois vai trabalhar a musculatura sem impactar demais as articulações. Outras boas atividades são a yoga e o alongamento. 

Evite esportes que facilitem quedas e batidas, como os de contato e o de bola e os que exigem movimentos bruscos e exijam equilíbrio como patinação, ciclismo, hipismo. A bicicleta ergométrica pode até ser liberada, com certa moderação. 

Para quem treina regularmente, a continuidade não precisa ser afetada, apenas o ritmo. Caminhe ao invés de correr e diminua o peso na musculação. A musculação, inclusive, não é recomendada nos primeiros 3 meses. 

Outro ponto que merece atenção é realizar tudo com muito cuidado, para evitar quedas e batidas. Lembre-se que, por conta do barrigão, o ponto de equilíbrio do corpo é outro. 

Além do fortalecimento corporal, a prática de exercícios tem um efeito mental e espiritual bastante evidente também, pois diminui o stress e a ansiedade da futura mamãe. 

É importante não exagerar, suspender qualquer atividade caso passe mal ou sinta algo diferente e procurar estar acompanhada de um professor. E beba muita água!

E não precisamos nem dizer que, toda e qualquer atividade física deve ser discutida e autorizada pelo seu obstetra, tá? ;-)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

NINA

Nina Simone, a diva rebelde: do sonho de tornar-se uma
pianista clássica nasceu a voz dos direitos civis
Sabe quem é Eunice Kathleen Waymon? Por este nome, talvez não, mas esse é o nome verdadeiro de Nina Simone, uma das maiores cantoras norte-americanas do século 20, que hoje completaria 80 anos de idade.

De família humilde, sexta filha de sete crianças, Nina começou a teclar o piano cedo, aos 4 anos de idade, e fazia parte do coral da igreja. Seu pai era pastor metodista. Ao terminar o colégio, ganhou uma bolsa de estudos para a renomada Julliard School of Music, em NY, que ela teve de abandonar por falta de dinheiro.

Mudou-se para a Filadélfia, onde viveu com a família novamente, para juntar dinheiro para estudar. Nesta época, um fato a abalou profundamente: foi rejeitada pelo Curtis Institute of Music in Philadelphia. Desiludida com a música clássica, Nina Simone nasceu quando Eunice completou 20 anos de idade.

Sucesso imediato em 1959, Nina cantou
no funeral de Martin Luther King e suas
composições eram hinos contra o racismo
Interessada pelo blues e o jazz, começou a tocar piano e cantar em bares no final dos anos 50. Para preservar e esconder seu nome de família, escolheu Nina, uma corruptela de pequeniña (a pequena) como era chamada por um namorado latino, com o Simone de Simone Signoret, sua atriz favorita. 

Sua paixão pela música erudita (sobretudo Bach), somada com o gospel da infância e seu interesse pelo jazz, blues e folk formaram uma mistura que logo chamou a atenção e em pouco tempo já gravava discos e tornou-se sucesso nacional em 1959, com I loves you Porgy, clássico de George Gershwin.

Nos anos 60, com a notoriedade, tornou-se porta voz dos direitos civis e combatia o racismo com veemência. Cantou no funeral de Martin Luther King, e a sua canção Mississipi Goddamn, que fala sobre o assassinato de 4 crianças negras em uma igreja em 1963, tornou-se um hino ativista.

Com uma vida de muitos altos e baixos,
trabalhou até o fim, em 2003.
Desiludida mais uma vez, deixou os EUA e viveu em vários países, como a Libéria, Suíça, Barbados, até estabelecer-se no sul da França. E os anos 70 trariam o começo do fim. Depois de casamentos conturbados e ser enganada por empresários e contadores, seu declínio era marcante.

Sua carreira renasceu no fim dos anos 80, quando My baby just cares for me apareceu em um comercial de perfume da Chanel, no Reino Unido. O comercial realavancou a música, que foi parar no Top 10 Britânico, proporcionando à Nina um sopro a mais em sua conturbada carreira.

Sendo obrigada a trabalhar para viver, e dando sinais de uma aparente esquizofrenia que nunca foi diagnosticada, a Diva Rebelde continuou sua carreira até o fim, e em seus últimos anos de vida rumores diziam que estava com câncer de mama, que nunca foi confirmado. Nina morreu dormindo, em sua casa em Carry-le-Rouet, na França, em abril de 2003.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

NADA MELHOR QUE O LEITE MATERNO

Nada nesse mundo é comparável ao vínculo que a
amamentação promove entre a mãe e seu bebê
Vamos começar hoje com um clichê: a Natureza sabe o que faz. 

Afinal, nada mais brilhante e bonito que, após 9 meses de contato direto, mãe e filho possam superar o impacto do nascimento por meio da alimentação.

O leite materno é fundamental para a saúde e o desenvolvimento do bebê em seus primeiros 6 meses de vida. Todos os nutrientes, a água para hidratar e os componentes para defesa do organismo estão lá. Estudos dizem que chás, suquinhos e mesmo água são desnecessários nestas primeiras semanas de vida. 

Estatísticas mostram que bebês que são amamentados são internados 3 vezes menos que os não-amamentados, no caso de alguma enfermidade. A proteção que ele proporciona são inúmeras: diminui as probabilidades de obesidade, problemas respiratórios e digestivos e melhora a resposta do organismo às vacinas, além de ajudar mais o desenvolvimento dos sentidos.

Ao contrário do que possa parecer, o leite materno não é um alimento monótono: ele vai ter sabores diversos relacionados diretamente à alimentação da mãe. Baunilha, hortelã e até alho podem transparecer no gosto do leite. 

A amamentação, além do fator nutricional, também é importantíssimo ao estabelecer um vínculo afetivo e emocional que vai facilitar o desenvolvimento do bebê e, mais tarde, no seu relacionamento com outras pessoas. 

Para a mamãe também existem muitas vantagens: aumenta a segurança e diminui a ansiedade, é prático porque dispensa preparação, aquecimento ou objetos, e de quebra ainda queima calorias, o que ajuda a voltar ao peso normal. 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

AZIA NA GRAVIDEZ

Diz a sabedoria popular, que azia demais
significa um bebê bem cabeludinho!
A gravidez é um momento único não apenas pelos óbvios motivos, mas também por realizar uma verdadeira revolução hormonal e transformar o corpo de um jeito que todo o organismo fica alterado.

Com o crescimento do bebê, o estômago e o intestino ficam cada vez mais pressionados. Por conta disso e do aumento da progesterona, a digestão fica mais lenta, a formação de gases fica maior, a comida sobe mais fácil.

Logo, aquele gosto desagradável e a ardência na garganta e no estômago têm mais facilidade de ocorrer, mesmo para as mulheres que nunca tiveram azia antes.

A primeira providência a ser tomada é cortar os alimentos mega pesados, como frituras, gorduras e tirar os condimentos. Café e chocolate também devem ser evitados, assim como tudo que representa acidez, como as frutas cítricas, tomate, vinagre. 

Álcool e cigarros, nem pensar, né? Evite também deitar-se após comer, e use sempreroupas confortáveis.

Outra dica que costuma funcionar é comer pouquinho de cada vez, em intervalos maiores. (Na realidade, grávida ou não, é assim que deveríamos nos alimentar sempre, né?) 

Mamão, banana, maçã, manga e pera são frutinhas bem indicadas. Tente tomar líquidos apenas entre as refeições, e não durante. 

Se pelo menos servir de consolo, fique imaginando seu bebê beeem cabeludinho, pois todo mundo vai dizer que os enjoos acontecem porque estão crescendo os cabelinhos no filhote! ;-)


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ALALAÔ

Não me leve a mal, hoje é Carnaval
Carnaval de rua
Dá até saudade de um tempo que não vivemos. O Carnaval de rua, tradicionalíssimo, continua vivo com os blocos espalhados por todo o país. Confira um calendário do Catraca Livre com o melhor da festa de rua de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Mais informações: Catraca Livre

Bradley Lindo Cooper
Cineminha mais em conta
Pra quem não gosta de alalaô, os ingressos do Cinemark até às 17h custarão $8 durante os 4 dias de Carnaval (9 a 12/2). Com o clima de Oscar no ar, ver o bonitão Bradley Cooper em O lado bom da vida, ou a linda Anne Hathaway sofrendo em Os Miseráveis estão entre as opções disponíveis.

Amy: da rehab para a Mooca
Rock no Carnaval
O Auditório Ibirapuera recebe o festival Grito Rock nos dias 8, 9 e 10. Thiago Pethit, Lobão, Cida Moreira e Edgard Scandurra estão entre as presenças. 

Famosos de cera em SP
Não, não são atrizes botocadas tentando sorrir, mas sim 51 ícones da cultura pop, de cera mesmo, na exposição Dreamland, que começa amanhã no Mooca Plaza Shopping. Tem a finada Amy Winehouse, Lady Gaga, Michael Jackson e até o Darth Vader. 

Mais informações: Mooca Plaza Shopping

Tanga USA: tule com forro de algodão
Com qual Samba Calcinha?
Neste carnaval, vamos de tanga USA. Perfeita pra quem gosta de lateral fininha, mas com muito conforto. A frente é cavada, mas a parte de trás é maior. Toda de tule, com forro 100% algodão. Já passou na nossa lojinha hoje? Vai lá: sambacalcinha.com.br 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

QUEM SÃO AS DOULAS, AFINAL?

Doula, a mulher que serve, oferece
 suporte emocional, físico e afetivo
para antes, durante e depois do parto.
Na semana passada, a decisão polêmica dos hospitais Santa Joana e Pro Matre Paulistana de restringir a presença de doulas na sala de parto gerou uma mobilização de mil pessoas, que caminharam em protesto na Avenida Paulista, além do recolhimento de mais de 6 mil assinaturas. 


Mas quem são as doulas, afinal?

O termo doula vem do grego, e significa mulher que serve. Na Antiguidade, tinha até um caráter negativo, pois significava o mesmo que escrava. Mas essa conotação foi diluindo-se com o tempo, e hoje chamamos de doulas as mulheres que acompanham o parto, para oferecer suporte afetivo, físico e emocional para antes, durante e depois do parto.

Antes de mais nada, a doula não é uma parteira. Ela não executa nenhum procedimento médico ou cirúrgico, não é sua função questionar procedimentos e decisões médicas, não cuida do bebê recém-nascido e não substitui nenhum profissional envolvido no nascimento da criança, como médicos ou enfermeiras. 

A doula, a bem da verdade, vem para adicionar a todo esse aparato moderno, preenchendo uma lacuna emocional que ao longo das gerações foi-se perdendo. Muitas de nossas avós e bisavós, que deram à luz em casa, tinham suas doulas informais na figura da mãe, da irmã, da vizinha ou melhor amiga. 

Hoje, com o desenvolvimento tecnológico que transmite certa impessoalidade, a orientação de uma doula ajuda a grávida a se preparar física e emocionalmente para o parto. Durante o trabalho, ela ajuda com exercícios de respiração, relaxamento, massagens e formas de tornar o momento mais confortável, e após o nascimento, ela continua dando suporte em relação aos primeiros cuidados e alimentação. 

Para ser uma doula, é preciso ter vocação e amor pela atividade. Não é uma profissão, não existe regulamentação, e muitas vezes é feito de forma voluntária, sem remuneração. Muitas profissionais ligadas à conexão corpo/mente têm afinidade com esta função, como fisioterapeutas, yogues e psicólogas, mas não é preciso ser uma profissional de saúde como condição essencial.

E embora a experiência seja sempre um ponto a favor, para tornar-se uma doula também não é necessário ser mãe por parto normal. Existem cursos específicos para a formação e basta que seja uma mulher de mais de 18 anos de idade.

Na América do Norte, estima-se que há cerca de 10 a 12 mil doulas. No Brasil, não há dados disponíveis. Pesquisas feitas no exterior, mostram que a atuação da doula diminui a necessidade de cesariana, diminui o tempo do parto e a utilização de anestesia, também diminui o uso do fórceps, o bebê recebe alta em tempo menor e aumenta a auto-estima da mamãe.