sexta-feira, 25 de abril de 2014

PRIMEIRA DAMA DA CANÇÃO

Cry me a river! A maior cantora do século XX, Ella Jane Fitzgerald comemoraria hoje 97 anos se estivesse viva.

Nascida no estado da Virginia, Ella vivenciou, ainda pequena, a separação dos pais e se mudou com a mãe para Nova Iorque. A morte da mãe, em 1932, fez com que sua vida virasse de cabeça para baixo. Abandou os estudos, viveu nas ruas, trabalhou para máfia e teve problemas com a polícia até ser internada em um reformatório, do qual fugiu.

Tinha o sonho de ser dançarina, mas foi na música que encontrou seu brilho maior. Aos 17 anos estreou no teatro Apollo, no Harlem, e chegou a vencer um concurso de novos cantores. Passou a ser parte integrante da Big Band de Tiny Bradshaw e ganhou notoriedade do público com a música infantil A-Tisket A-Tasket, na qual foi co-autora.

Com o declínio da era das Big Bands, Ella incluiu o scat em seu repertório, vocalizando palavras sem sentindo e na era do bebop era a Senhora do Jazz. Não era só uma cantora, soava como um instrumento musical solista, talento visto principalmente em suas canções How high the moon e Lady be good.

Sua voz abrangia três oitavas e era de uma pureza e clareza descomunal. Não é à toa que Ella recebeu 14 Grammies e chegou a ganhar a Medalha Nacional das Artes pelas mãos do então presidente Ronald Reagan.



Além dos mais de 250 discos, ainda gravou alguns filmes, participou de diversos programas para a televisão, foi defensora dos direitos dos negros, casou-se duas vezes e há boatos de um terceiro casamento.

Lady Ella faleceu em 1993, devido à problemas ligados à diabetes, mas é ainda um marco na história da música e deixa saudades.


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