sexta-feira, 11 de julho de 2014

SUZANNE

Em 1987, uma doce canção de letra triste, cantada por uma voz clara e suave arrebatou as paradas de sucesso, com mais de 1 milhão de cópias vendidas só nos Estados Unidos. 

Luka, a canção, se tornou um dos hinos dos anos 80, e sua compositora e intérprete, a novaiorquina Suzanne Vega, mesmo sem querer, foi responsável pelo renascimento da música folk, deixada de lado desde o início dos anos 70.

Completando hoje (11 de julho de 2014) 55 anos de idade, com pouco mais de 30 anos de carreira musical, Suzanne desde cedo tinha a arte nas veias. Sempre interessada em música e poesia, também estudou dança na universidade, em sua juventude.

Depois do início arrebatador, Suzanne viveu uma carreira de altos e baixos, sempre marcado por experimentalismos musicais, que podem ter confundido tanto os críticos, como seus fãs. Da voz e violão iniciais, ela flertou com o rock, o dance ou o industrial, sem preconceitos. 

Após a explosão de Luka, ainda chamou a atenção com Tom's diner, um acapella original transformado em dance dos anos 90. O tal Tom's diner do título - que é onde ela compôs a canção - realmente existe na Broadway, e serviu de cenário para a série de tv Seinfeld. Flertou com a bossa nova em outro sucesso, Caramel, e trabalhou com dois de seus ídolos, Phillip Glass e Leonard Cohen.

Tímida e discreta, conta a sua vida em forma de poesia. O casamento, a filha e a separação dolorosa estão todas descritas em suas canções. Quando ainda buscava o sucesso, seu pai contou a ela que, na verdade, não era seu pai biológico. Suzanne contratou um detetive para encontrá-lo e, anos depois, ao encontrá-lo, descobriu que sua avó havia sido baterista em uma banda de jazz nos anos 30. 

Ainda bastante ativa - acaba de lançar um novo álbum, Tales from the Realm of the Queen of Pentacles - Suzanne Vega é, sem dúvida alguma, um dos principais nomes femininos da segunda metade do século 20. Não se tornou uma estrela pop (e certamente nem queria se tornar), mas trouxe de volta um gênero musical esquecido e pavimentou o caminho para outras estrelas ascendentes, como Tracy Chapman, k.d. lang, Tori Amos e Fiona Apple, e foi inspiração declarada de cantoras brasileiras como Fernanda Takai e Zelia Duncan.

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