O efeito de uma bomba atômica. Essa era a pretensão do estilista francês Louis Réard, que em 5 de julho de 1946 apresentava seu lançamento que mudaria para sempre a moda, batizado com o nome de um atol do Oceano Pacífico onde eram realizados testes nucleares: o biquíni.
Réard, que era engenheiro automotivo, administrava a loja de lingerie de sua mãe na capital francesa, e promoveu a nova peça como 'o menor maiô do mundo'. Um fato curioso é que outro estilista, Jacques Haim, também trabalhava em um maiô de duas peças, ao mesmo tempo. Mas, apesar das polêmicas, Réard é comumente tratado como o real inventor.
Houve grande comoção em torno do biquini quando ele foi lançado, porém a sua aceitação não foi imediata. Para grande parte das moças, colocar a barriguinha de fora em público era um escândalo. Tanto que a primeira modelo a apresentá-lo foi uma stripper. Mal sabiam elas que, na verdade, o conceito de duas peças já existia desde a Roma antiga, retratados em mosaicos e pinturas datadas de 400 a.C.
Sua popularização aconteceu somente cerca de 10 anos mais tarde, impulsionado por estrelas de Hollywood e o apelo sexy das pin-ups. No Brasil, as vedetes do teatro de revista foram as pioneiras. E é aqui em nosso país que eles são mais produzidos e usados. A modelagem desenvolvida aqui, além da criatividade das estampas e ousadia nos formatos, transformaram as duas famosas peças em verdadeiras referências da moda tupiniquim, no mundo inteiro.
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