“Nenhuma moça ou mulher em idade de ter filhos deve ter que usar roupas de baixo que pesem mais do que três quilos.”
Cuma? Calcinha de três quilos? Aposto que o cabelo arrepiou, não é garota!? Imagina que me 1870 os fabricantes faziam moda íntima de camurça para o “uso cotidiano”!!! Ainda bem que existia um médico, o Dr. Jaeger, que pregava o uso de roupas mais leves e naturais, feitas de lã natural. Ele dizia que os tecidos naturais podiam prevenir doenças.
Na Inglaterra um comerciante, Lewis Tomalin, fechou a mercearia e resolveu investir na idéia. Patenteou o sistema de marcas do Dr. Jaeger e fundou com seus primos uma confecção de roupas íntimas masculinas e femininas feitas de lã natural e não tingidas.
A marca de Jaeger logo virou sucesso, principalmente entre a classe média. Com a mudança da moda, com saias cada vez mais volumosas, sustentadas por crinolinas e sobreposições de muitas anáguas, os calções femininos foram ganhando cada vez mais importância. Surgiu a moda dos “miolos coloridos”. Roxos, vermelhos e até xadrez viraram hits.
O maior ícone das época era a calçola bufante escarlate de flanela. Era ajustada por botões nas costas e descia até metade da panturrilha. Claro que isso não parece nada atrativo quando a gente compara com as delícias leves e divertidas da coleção de renda da Samba Calcinha, mas imagina que alívio e que comforto isso não era depois de se livrar de uma calcinha de três quilos. Espertas as garotas também eram na época. Ficavam lindas embaixo das anáguas branquíssimas e engomadas.
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