18 de dezembro, data em que é celebrado o Dia de Nossa Senhora do Bom Parto, também foi escolhido oficialmente para ser o Dia da Doula, no Estado de São Paulo, desde 2011. Pode parecer um dia como outro qualquer, mas esta oficialização serve como motivo de celebração da atividade e, o mais importante, conscientizar as pessoas da importância de uma gestação mais humana e natural.
Doula, como já falamos aqui, vem do grego mulher que serve. Com apoio físico e emocional, mãos que acolhem, olhares que encorajam e palavras de força e incentivo. Se, como a palavra diz, as doulas servem, podemos dizer que elas servem amor.
Mesmo dentro de uma fria sala hospitalar, a presença de uma doula resgata o apoio que as mulheres juntas concentram no parto, desde os tempos mais remotos. O apoio das doulas traz menos dor, menos medicamentos, menos intervenções médicas. E traz mais vínculo entre mãe e filho, traz o fortalecimento da autoestima das mães e oferece mais qualidade a esse momento tão especial da vida da mulher.
Temos muito o que agradecer à estas mulheres de bravura, que transformam seu tempo em dedicação e entrega ao nascimento, o primeiro momento sublime da vida. E fica o nosso desejo que, cada vez mais, os próximos a chegarem no mundo consigam vir à luz com todo o carinho e respeito que todos merecem.
Leia mais em nosso arquivo a respeito das doulas:
• Quem são as doulas, afinal?
• O renascimento do parto
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
DIA DA DOULA
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Quando um bebê nasce, inicia-se um período de mudanças que envolve a família, os amigos, todo o universo ao redor e, principal e claramente, a vida da mãe.
Tamanhas mudanças podem ocasionar o desenvolvimento da depressão pós-parto que, caso não seja tratado, pode causar sérios problemas na criação do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, além de interferir em todas as relações familiares e sociais em que a criança está inserida.
A grosso modo, o aparecimento da depressão após o parto pode ser de origem biológica ou psicológica. Biologicamente, as alterações hormonais ocasionadas pela gestação podem causar alteração de humor e cair para o lado depressivo. Já os fatores psicológicos podem incluir conflitos existenciais, ansiedade excessiva ou preocupações extremas, como situação financeira ou brigas na família, por exemplo.
É preciso sempre reafirmar, para manter o preconceito afastado, que depressão não é frescura. É uma doença e, como tal, deve ser diagnosticada e tratada. Ao contrário do que muita gente imagina, é um distúrbio muito comum, e que atinge mais da metade das mulheres.
Assim como a depressão 'normal', a depressão pós-parto causa uma enorme tristeza que tira a autoestima e a motivação, tornando hercúleas as tarefas rotineiras de cuidado com o bebê, como trocar as fraldas, dar banhos. Em alguns casos, há rejeição até em amamentar.
Casos mais extremos, podem necessitar desde medicação até internação clínica (quando há rejeição total ou até perigo sobre a integridade física do bebê, por exemplo). Mas estes são casos muito, muito raros.
O mais comum de acontecer é uma depressão imediata, duas ou três semanas após o nascimento, sendo até algo 'esperado' por muita gente. Irritação, crises de choro e fadiga emocional são alguns dos sintomas, que tendem a desaparecer em até seis meses.
Casos assim costumam ser resolvidos com terapia, sem necessidade de medicação, ao mesmo tempo em que o organismo vai deixando os hormônios de volta ao normal. E após essa pequena turbulência, a nova mamãe já estará novinha em folha para desempenhar com sucesso o seu novo papel.
Tamanhas mudanças podem ocasionar o desenvolvimento da depressão pós-parto que, caso não seja tratado, pode causar sérios problemas na criação do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, além de interferir em todas as relações familiares e sociais em que a criança está inserida.
A grosso modo, o aparecimento da depressão após o parto pode ser de origem biológica ou psicológica. Biologicamente, as alterações hormonais ocasionadas pela gestação podem causar alteração de humor e cair para o lado depressivo. Já os fatores psicológicos podem incluir conflitos existenciais, ansiedade excessiva ou preocupações extremas, como situação financeira ou brigas na família, por exemplo.
É preciso sempre reafirmar, para manter o preconceito afastado, que depressão não é frescura. É uma doença e, como tal, deve ser diagnosticada e tratada. Ao contrário do que muita gente imagina, é um distúrbio muito comum, e que atinge mais da metade das mulheres.
Assim como a depressão 'normal', a depressão pós-parto causa uma enorme tristeza que tira a autoestima e a motivação, tornando hercúleas as tarefas rotineiras de cuidado com o bebê, como trocar as fraldas, dar banhos. Em alguns casos, há rejeição até em amamentar.
Casos mais extremos, podem necessitar desde medicação até internação clínica (quando há rejeição total ou até perigo sobre a integridade física do bebê, por exemplo). Mas estes são casos muito, muito raros.
O mais comum de acontecer é uma depressão imediata, duas ou três semanas após o nascimento, sendo até algo 'esperado' por muita gente. Irritação, crises de choro e fadiga emocional são alguns dos sintomas, que tendem a desaparecer em até seis meses.
Casos assim costumam ser resolvidos com terapia, sem necessidade de medicação, ao mesmo tempo em que o organismo vai deixando os hormônios de volta ao normal. E após essa pequena turbulência, a nova mamãe já estará novinha em folha para desempenhar com sucesso o seu novo papel.
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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
PARTO NA ÁGUA
O parto na água, comum em outros países, tem se tornado cada vez mais popular também no Brasil, inclusive em alguns poucos hospitais públicos, além de ser uma opção muito usada nos partos domiciliares.
Uma das grandes vantagens do parto na água é que o nascimento ocorre com menos dor. A temperatura, por volta de 37º, favorece a dilatação por aumentar a irrigação sanguínea e diminuir a tensão arterial. Dentro d'água quente, o corpo relaxa mais, fica mais 'leve' e deixa a futura mamãe mais estabilizada emocionalmente.
Além disso, outro fator importantíssimo é a presença do pai e sua participação efetiva durante todo o processo, dando apoio físico e psicológico.
Geralmente, o tempo do trabalho costuma ser menor e, na água, o impacto do nascimento é bem menor para o bebê, por continuar sendo um meio líquido e quente. Muitas pessoas ficam temerosas ao pensar que o bebê pode se afogar ou ter problemas respiratórios ao nascer assim, mas não há problema.
Ao nascer nessa água quentinha, ele vai permanecer como quando estava no líquido amniótico, recebendo oxigenação por meio do cordão umbilical. Os pulmõezinhos dele vão se 'abrir' após o processo.
Os médicos não recomendam esse tipo de parto quando é prematuro, quando a mamãe possui alguns problemas de saúde como diabetes e doenças virais, como HIV, hepatite ou herpes. Bebês grandes e gestações que precisaram de monitoramento acima do normal também não são recomendados. Porém, avalie com seu médico a possibilidade, pois cada caso é um caso.
Uma das grandes vantagens do parto na água é que o nascimento ocorre com menos dor. A temperatura, por volta de 37º, favorece a dilatação por aumentar a irrigação sanguínea e diminuir a tensão arterial. Dentro d'água quente, o corpo relaxa mais, fica mais 'leve' e deixa a futura mamãe mais estabilizada emocionalmente.
Além disso, outro fator importantíssimo é a presença do pai e sua participação efetiva durante todo o processo, dando apoio físico e psicológico.
Geralmente, o tempo do trabalho costuma ser menor e, na água, o impacto do nascimento é bem menor para o bebê, por continuar sendo um meio líquido e quente. Muitas pessoas ficam temerosas ao pensar que o bebê pode se afogar ou ter problemas respiratórios ao nascer assim, mas não há problema.
Ao nascer nessa água quentinha, ele vai permanecer como quando estava no líquido amniótico, recebendo oxigenação por meio do cordão umbilical. Os pulmõezinhos dele vão se 'abrir' após o processo.
Os médicos não recomendam esse tipo de parto quando é prematuro, quando a mamãe possui alguns problemas de saúde como diabetes e doenças virais, como HIV, hepatite ou herpes. Bebês grandes e gestações que precisaram de monitoramento acima do normal também não são recomendados. Porém, avalie com seu médico a possibilidade, pois cada caso é um caso.
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terça-feira, 10 de dezembro de 2013
CAMPEÃO DA CESARIANA - Parte 3 - Será que precisa mesmo?
► Idade não é impedimento. O que acontece é que, normalmente, as mulheres mais velhas possuem chances maiores de apresentar um risco de saúde que necessite a intervenção cirúrgica, assim como chances maiores do feto desenvolver alguma síndrome genética. Porém, se tudo estiver correndo bem com a mãe e o bebê, o parto normal é mais que indicado.
► O primeiro parto foi uma cesariana, os outros também devem ser assim? Não confere, pois cada gestação é um caso diferente. As chances de ter um parto normal, aliás, são grandes, cerca de 70%.
► Gêmeos não são empecilho. Diferentes situações podem indicar a necessidade de uma cesariana, mas se tudo correr bem, o parto normal é mais que aceitável.
► Quadril estreito, bebê grande. Problema à vista? Não necessariamente. Claro que estas condições, somada a um mal posicionamento do feto podem levantar a necessidade da intervenção cirúrgica, mas isso é mais um mito que uma realidade. Bebês com mais de 4 kg podem tranquilamente nascer pelo parto normal, e geralmente a natureza presta atenção nesse detalhe, desenvolvendo o feto para que ele passe pela pelvis.
► O tamanho da cabeça do bebê, desproporcional ao tamanho da passagem, pode ser realmente um motivo para a cesariana. Mas isso só é observável durante o trabalho de parto, e não deve ser usada como motivo de marcar uma cesariana semanas antes do nascimento.
A mesma coisa acontece com "ele não está encaixado". O encaixe só ocorre na hora do parto, com ajuda das contrações. Isso também não serve como motivo.
► A gestação pode durar até 42 semanas. Com exames pré-natais em dia comprovando a saúde do bebê, vale a pena esperar pela hora certa. O parto pode ocorrer entre a 37ª até a 42ª semana, sem problemas. O que não pode ocorrer, é um exame que mostre diminuição da vitalidade do feto.
► Cordão enrolado. Ele não vai se enforcar, nem sufocar. Enquanto ele está dentro do útero, os pulmões ainda não foram inaugurados, e o oxigênio chega até ele diretamente pela corrente sanguínea. O cordão se adapta às formas e a circular, a grosso modo, é retirada na hora do parto como um cachecol.
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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
CAMPEÃO DA CESARIANA - Parte 2: Quando realmente é necessário fazer?
Ouvimos muitas histórias tenebrosas a respeito de médicos que se aproveitam da relação de confiança estabelecida com a paciente para induzi-la a uma cesariana sem necessidade. E o que é pior: utilizando-se de pretextos convincentes, mas que não são reais.
Obviamente, não queremos e nem vamos generalizar. Em absolutamente todas os ofícios, existem bons e maus profissionais, e a melhor maneira de saber como identificá-los é com informação.
Em nosso último texto, falamos que o Brasil é o campeão da cesariana, com 44% deste tipo de parto realizados quando o recomendado seria 15%. Mais assustador ainda é saber que na rede particular de atendimento médico, esse índice chega a inacreditáveis 84%, segundo a Agência Nacional de Saúde.
Fica então a pergunta: quando realmente é imprescindível a realização de uma cirurgia abdominal para o nascimento de um bebê?
• Quando o bebê estiver atravessado no útero, e o médico não conseguir reposicioná-lo durante o parto normal.
• Quando a mãe for portadora de herpes genital, e estiver lesionada até 1 mês antes do parto. As portadoras devem comunicar isso ao obstetra, para que evitem o aparecimento destas lesões durante a gestação, por meio de medicamento.
• Quando a mãe estiver com Placenta Prévia, que é a situação em que a placenta cobre o colo do útero e o bebê fica impedido de passar. Este diagnóstico só pode ser feito a partir da 30ª semana da gravidez.
• Quando a mãe for soropositiva, com carga viral alta ou desconhecida. No caso de carga indetectável, é possível fazer o parto normal.
• Quando a mãe possuir determinados (e raros) problemas cardíacos.
Obviamente, não queremos e nem vamos generalizar. Em absolutamente todas os ofícios, existem bons e maus profissionais, e a melhor maneira de saber como identificá-los é com informação.
Em nosso último texto, falamos que o Brasil é o campeão da cesariana, com 44% deste tipo de parto realizados quando o recomendado seria 15%. Mais assustador ainda é saber que na rede particular de atendimento médico, esse índice chega a inacreditáveis 84%, segundo a Agência Nacional de Saúde.
Fica então a pergunta: quando realmente é imprescindível a realização de uma cirurgia abdominal para o nascimento de um bebê?
• Quando o bebê estiver atravessado no útero, e o médico não conseguir reposicioná-lo durante o parto normal.
• Quando a mãe for portadora de herpes genital, e estiver lesionada até 1 mês antes do parto. As portadoras devem comunicar isso ao obstetra, para que evitem o aparecimento destas lesões durante a gestação, por meio de medicamento.
• Quando a mãe estiver com Placenta Prévia, que é a situação em que a placenta cobre o colo do útero e o bebê fica impedido de passar. Este diagnóstico só pode ser feito a partir da 30ª semana da gravidez.
• Quando a mãe for soropositiva, com carga viral alta ou desconhecida. No caso de carga indetectável, é possível fazer o parto normal.
• Quando a mãe possuir determinados (e raros) problemas cardíacos.
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terça-feira, 3 de dezembro de 2013
CAMPEÃO DA CESARIANA
Sabia que o nosso Brasil é o país com a maior taxa porcentual de cesarianas em relação ao total de partos realizados? Pois é... segundo dados da UNICEF, em 2011, 44% dos nascimentos de bebês foram feitos por cesariana, também conhecido como parto abdominal.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabelece que é aceitável que 15% dos partos realizados sejam por meio desta cirurgia. Isso levando em conta que eles apresentem riscos para a mãe ou o bebê, por meio de doenças anteriores da mãe (como diabetes ou hipertensão), ou posição inadequada do feto.
Porém, o que se leva em conta é a pretensa facilidade e a comodidade que já foram instituídos em nossa cultura. A cesariana leva menos tempo e é programada e, embora seja realmente um direito de escolha de uma mulher grávida e também represente um grande mérito da medicina por salvar vidas em risco, trata-se de uma cirurgia como todas as outras.
A recuperação da gestante torna-se mais demorada que o parto normal, e corre-se o risco que todas as intervenções cirúrgicas acarretam, como uma infecção ou uma hemorragia. Afinal, trata-se de um corte profundo no corpo que expõe tecidos, musculaturas e órgãos que, a bem da verdade, acaba, sendo desnecessário se a saúde da mãe e do bebê estão em dia.
A cesariana acaba também por retardar a produção de leite, porque o trabalho de parto normal libera hormônios que facilitam este processo. Além disso, grande parte das vezes os bebês acabam nascendo antes da hora, e estudos mostram que estes bebês possuem mais problemas respiratórios que as crianças nascidas em parto normal.
O parto normal, como o próprio nome já mostra, é o que a natureza preparou para a gente. O bebê vem ao mundo na hora certa, e a passagem pelo canal vaginal facilita a saída de líquidos de seus pulmõezinhos, e o contato com as bactérias da vagina fortalecem seu sistema imunológico. Mamães se recuperam muito mais rapidamente, ficam sem dores após o parto, produzem seu leite com mais tranquilidade e em pouco tempo já estão prontas para exercer o seu papel.
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