Pois é, Meninas. Algumas vezes, quando paramos para ouvir a história da nossa peça favorita, mais parece história de terror. Ser mulher durante a II Guerra Mundial certamente era.
Imagina só. Sirenes, bombas caindo para todos os lados. Nada de comida ou bens de consumo. As famílias recebiam cupons de racionamento que precisavam fazer durar o máximo possível. Ninguém podia se dar ao luxo de usar dois cupons só para adquirir uma calcinha. Entre tempos intermináveis passados dentro das casas e de abrigos anti-aéreos, sabe o que as mulheres faziam? Tricotavam. Era prático, leve e as mantia ocupadas. Era muito comum, as mulheres desfazerem antigas roupas de lã e com o fio tricotarem novas roupas para sobreviverem à guerra. Inclusive calcinhas!
Outra prática era aproveitar todo e qualquer retalho ou farrapo para juntar e usar como roupa de baixo. Quando se tirava a sorte grande e se conseguia ter em mãos tecido de algum pára-quedas que havia despencado do céu então... Era um deleite! Não era nada difícil encontrar mulheres desfilando pelas ruas com calcinhas feitas de tecido de pára-quedas por baixo da roupa. O que hoje provavelmente custaria uma fortuna!
Para a grande maioria das mulheres o único jeito de ter uma calcinha naquela época era fazendo-a ela mesma. Mas para as mulheres que faziam parte do exército a coisa era um pouco diferente. Elas recebiam roupas de baixo junto de seus uniformes militares. Mas eram opções tão feias, tão sem graça e funcionais, que a maioria preferia nem as usar. Sempre nas cores cáqui, marinho, cinza e preto. As peças ganharam rapidamente o nome de “espanta homens”.
Olhando para o passado nós vemos como somos mesmo abençoadas de ter calcinhas lindas, confortáveis e divertidas hoje em dia. Sorte sua garota, que não precisa tricotar sua calcinha, caçar pára-quedas e, quando usa uma Samba Calcinha não há a mínima possibilidade de espantar um homem. ;-)
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